Tempo passado nas redes sociais não é fator de risco de depressão em jovens
Estudo publicado na revista “Computers and Human Behaviour”
29 outubro 2019

Um estudo liderado por Sarah Coyne da Universidade de Brigham Young, EUA, revela que, ao contrário do que é afirmado pelos críticos, o tempo que os jovens passam nas redes sociais não é o fator essencial no desenvolvimento de depressões e ansiedade.
A saúde mental é uma multiplicidade de processos, sendo pouco provável que apenas um fator de stress seja a causa do desenvolvimento de depressões e ansiedade.
500 jovens entre os 13 e os 20 anos responderam a questionários anuais, durante 8 anos, sobre o tempo que passavam nas redes sociais e níveis de sintomas de ansiedade e depressão. Cada questionário foi analisado individualmente para se perceber a correlação entre as duas variáveis.
Aos 13 anos, os jovens reportaram uma média de 31-60 minutos de uso das redes sociais, sendo que a média subiu com a idade até às 2 horas de uso nos jovens adultos.
Contudo, o aumento do tempo de uso não permitiu prever futuros problemas de saúde mental, ou seja, o aumento do tempo de uso de cada adolescente não significou aumentos nos níveis de ansiedade ou depressão nos anos seguintes.
A autora principal recomenda, porém, um uso mais saudável das redes sociais, sugerindo uma participação ativa com comentários e “gostos”, em vez de apenas se observar a atividade dos outros.
É ainda aconselhado a que o uso seja limitado antes da hora de dormir e que os jovens pensem nas suas motivações antes de aderirem às redes sociais.
Neste estudo conclui-se que aumentar o tempo de exposição às redes sociais não aumenta os casos de depressão e ansiedade, da mesma maneira que diminuir essa exposição não os diminui.
Os autores acreditam que, mais do que o tempo, devem ser discutidos o conteúdo e contexto à volta do uso das redes sociais.
ALERT Life Sciences Computing, S.A.
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