Atividades estimulantes reduzem risco de défice cognitivo ligeiro
Estudo publicado na “Neurology”
12 agosto 2019

O uso de computadores na meia idade e numa idade mais avançada faz reduzir o risco de défice cognitivo ligeiro nas pessoas de idade mais avançada, indicou um estudo.
Conduzido por uma equipa de investigadores da Clínica Mayo em Scottsdale, EUA, o estudo indica ainda que participar em atividades sociais, jogos e trabalhos manuais faz também diminuir o risco de défice cognitivo ligeiro.
Para o estudo, Yonas E. Geda e colegas recrutaram 2.000 pessoas com 70 anos de idade e mais, sem défice cognitivo ligeiro.
Os investigadores pediram aos participantes que respondessem a questionários sobre a frequência com a qual se dedicavam a diferentes tipos de atividades mentalmente estimulantes quando tinham 50 anos e mais de idade.
A cada 15 meses, os participantes foram submetidos a testes de raciocínio e de memória, sendo acompanhados durante uma média de cinco anos. Durante este período 532 participantes desenvolveram défice cognitivo ligeiro.
Destes participantes, apenas 15 tinham usado um computador na meia-idade. Por outro lado, 77 dos 1.468 participantes sem défice cognitivo ligeiro tinham usado um computador durante o mesmo período da vida.
A equipa concluiu que o uso de computadores na meia-idade e mais tarde tinha reduzido o risco de défice cognitivo ligeiro em 37%, participar em atividades sociais, fazer palavras cruzadas ou jogar às cartas, diminuía o mesmo risco em 20% e trabalhos manuais em 42%, mas esta última atividade quando praticada numa idade mais avançada.
Finalmente, a equipa descobriu também que o número de atividades mentalmente estimulantes estava associado ao risco de desenvolvimento de défice cognitivo ligeiro. Com efeito, a prática de duas ou mais atividades demonstrou oferecer maior proteção contra o défice cognitivo ligeiro.
ALERT Life Sciences Computing, S.A.
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