Especialistas debatem infertilidade em Portugal
Especialistas nacionais e internacionais reúnem-se esta semana no 3º Congresso Português de Medicina da Reprodução, que se realiza de três em três anos, na Fundação Serralves, no Porto.
De amanhã e até sábado serão temas centrais no debate temas como o panorama português sobre a infertilidade, os novos avanços e tratamentos disponíveis em Portugal.
Outro tema que será abordado e analisado pelos especialistas tem que ver com as alterações dos padrões demográficos ocorridas nos últimos anos nos países desenvolvidos, como a diminuição da natalidade e a renovação de gerações. Esta é uma das questões mais sensíveis das sociedades contemporâneas. A conjectura actual é de uma estrutura familiar mais pequena, mas também com mais saúde e melhores condições económico-sociais.
Estima-se que, nacionalmente, existam cerca de 500 mil casais inférteis, o que representa 10% da população total portuguesa. Para combater a infertilidade é estimada pela Sociedade Europeia de Reprodução a necessidade de realização de 1.500 ciclos de Procriação Medicamente Assistida por milhão de habitante.
Ao contrário de outros países que se aproximam destes números, em Portugal realizam-se cerca de 250 ciclos por milhão de habitante. Esta situação deve-se, essencialmente, ao facto de os casais inférteis não terem possibilidades económicas de custear os tratamentos, sendo o apoio do Estado insuficiente e nulo por parte das companhias seguradoras. É uma situação que urge modificar.
MNI-Médicos Na Internet
